24/10/2017

Como fazer neurobusiness e influenciar pessoas

como fazer neurobusiness e influenciar pessoas

O neurobusiness é um conceito ou pode ser aplicado na prática? O artigo falará sobre: estudo do cérebro para influenciar pessoas, como aumentar a performance profissional e pessoal, subconsciente e consciente, 11 dicas da especialista Martha Gabriel para fazer negócios e influenciar pessoas. Boa leitura!


Como o neurobusiness pode ser utilizado no seu negócio? Na verdade, trata-se de algo simples. É como dizer: “não pense numa maçã”. Se você imaginou uma maçã, não se preocupe, é algo que o cérebro faz. Por isso, “não perca a chance de vender mais!” pode ser menos eficiente do que “como vender mais!”. O cérebro ignora o “não”. Isso é neurobusiness.

Martha Gabriel, especialista da área, traz insights sobre como usar o cérebro para obter melhores resultados e vamos mostrar como aplicá-los.

Por que é importante aprender sobre neurobusiness?

O título do artigo não é por acaso. “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, de Dale Carnegie, de 1936, continua sendo uma grande referência sobre a compreensão do comportamento humano. É essa última parte que faz diferença: queremos entender o relacionamento com as pessoas e como melhorá-lo. Em Neurobusiness, Martha Gabriel traz o sentir antes do pensar. Carnegie, igualmente, aborda conceitos de empatia.

Em sua palestra no RD Summit, em 2017, Martha faz questão de enfatizar a importância do estudo do cérebro em neurobusiness. “Tudo o que fazemos, vemos e sentimos está conectado. Nada tem significado sem que seja dado pelo cérebro”. Entender sobre isso trará mudanças positivas para o profissional, seu negócio e consumidores.

Neurobusiness: o conhecimento aplicado aos negócios

O neurobusiness, de acordo com Martha, é uma aplicação que permite alcançar objetivos em qualquer área, desenvolver, inovar, gerenciar negócios e liderar.

O que isso significa? O neurobusiness é capaz de melhorar objetivos de negócios a partir de: tomada de decisão, produtividade, saúde pessoal e a capacidade de influenciar pessoas.

O cérebro precisa ser exercitado, pois tem a capacidade de se modificar de acordo com a aquisição de experiências, a neuroplasticidade. Quando o indivíduo se desafia a fazer algo novo, mesmo não adquirindo expertise no que está aprendendo, mas para estimular a neurogênese, o processo de criação de novos neurônios.

Subconsciente e consciente: o que utilizar em neurobusiness?

Há ainda as estratégias utilizadas pelo marketing que atuam em duas esferas: subconsciente e consciente. A primeira é extremamente poderosa, mas proporcionalmente perigosa. O subconsciente não consegue entender determinados conceitos.

O que não é filtrado tem muito poder. É o exemplo do “não”. Porém, em neurobusiness, é importante estudá-lo para entender que:

  • perguntas diretas são mais eficientes: não começar com por favor, bom dia, etc.;
  • ter sempre um P.S. na comunicação, todos lêem o P.S. O comportamento padrão é: ler o parágrafo de abertura, pular para a conclusão e depois para o P.S.

O ideal é trabalhar sempre com o consciente, mais ético e do mesmo modo eficaz. O ser humano é uma máquina de influência. O neurobusiness aponta como influenciar outros por meio de gatilhos e como melhorar a própria performance.

11 hacks de neurobusiness para performance pessoal e profissional

1. O sentimento vem primeiro, o racional depois

Todos já devem ter escutado: “penso, logo existo”. Martha desafia a frase clássica ao modificá-la: “sinto, logo existo”. O sentimento acontece e depois o racional justifica. As pessoas agem de acordo com o que sentem.

Exemplos:

  • as lojas da Disneys que estão localizadas no final de cada atração, quando o consumidor está envolvido com a experiência;
  • a realização de test drive, para encantar e proporcionar uma imersão não só no produto, mas num conceito, entre outros.

2. Mudança em nível emocional

É comum se perguntar sobre o que faz com se alcance mais resultados. Por exemplo: qual música faz a performance melhorar?

Num estudo citado pela especialista, atletas que ouviram antes das competições a música “We Will Rock You”, da banda Queen, obtiveram resultados superiores. E como é possível replicar em uma empresa?

O neurobusiness pode ser adaptado para qualquer área, as empresas não ficam de fora. Dormir 8 horas por dia é o mínimo para a produção de neurônios. O que deve ser proporcionado para todos os colaboradores.

Sonecas de 20 minutos também trazem mais sinapses. Algumas empresas, inclusive, adotaram “a hora da soneca”.

3. Energia, mais energia!

Em neurobusiness, a produção de energia é um dos caminhos para o sucesso. Com mais energia, aumenta a eficácia de: tomada de decisão, bom humor, saúde e sustentabilidade.

Mas nada de açúcar ou bebidas alcoólicas, o segredo são as castanhas e o café até, no máximo, às 15 horas. O jejum é outro desafio para o cérebro e pode contribuir significativamente com os benefícios acima.

4. Aposte na criação de neurônios

Já que o assunto é neurobusiness, uma pergunta que poderia ser feita é: qual a melhor atividade para o cérebro? Anteriormente, você aprendeu sobre a importância de novos desafios. Martha convida a experimentar dois:

  • aprender a tocar um instrumento;
  • aprender uma língua nova, quanto mais diferente da nativa, melhores são os resultados.

A criação de neurônios faz com que: problemas sejam solucionados com mais facilidade, estímulo da criatividade, memória mais rápida e eficiente, aumento da performance das funções executivas.

5. Exercícios físicos? Sim!

É uma dica que serve para vários objetivos. No caso de neurobusiness, exercitar-se faz com que a cognição melhore, neurogênese, desaceleramento do envelhecimento.

6. Como aumentar a confiança?

A confiança é a base de qualquer relacionamento. Pode soar clichê, mas o relacionamento marca-consumidor faz parte disso. Não se trata de autoajuda, mas de hacks que fazem o hormônio da oxitocina entrar em ação e gerar mais amor e confiança:

  1. um abraço. Você não precisa abraçar um cliente, mas encostar levemente no ombro pode já gerar aproximação;
  2. ouvir o outro. Você precisa falar do seu negócio, produto e serviço. Apenas de ouvir o que seu cliente tem a dizer. É ali, inclusive, que você saberá qual a dor que ele precisa curar e qual remédio que a empresa oferece;
  3. bom humor. É básico, mas essencial: tratar bem, atender com atenção e trazer para o outro um ambiente de bem-estar e bom humor.

7. Gamificação

O que mais motiva as pessoas? As competições fazem com que as pessoas fiquem engajadas. Dê um empurrão para a tomada de ação e verifique o que pode ser gamificado.

Os Hackathons se tornaram populares no ambiente de tecnologia, são eventos em que profissionais de diversas áreas ou de uma mesma se reúnem durante um período, geralmente divididos em equipes, com um único objetivo ou problema para resolver. É possível adaptar a metodologia para aplicar com os colaboradores, independentemente do segmento da empresa.

8. Storytelling para negócios

Não pense apenas no uso do storytelling na publicidade. O termo acabou sendo banalizado, mas nada mais é do que atrair a atenção do receptor por meio de um roteiro. O que pode ser usado para apresentar problemas e soluções para consumidores ou, até mesmo, para o feedback interno.

Aqui, a especialista, Martha Gabriel, traz a “técnica sanduíche”: comece com uma boa história, insira o problema ou ponto negativo e finalize com uma história boa ou ponto positivo.

9. Meditação

Meditação não é a chave para resolver todos os problemas. Mas é preciso entender que nem todas as respostas estão no Google. Meditar, mesmo que por poucos minutos, numa rotina diária, irá afetar e modificar o cérebro.

10. Saiba decidir

Você sofre da fadiga da decisão? Quando há tanta questões, com várias opções e que precisam ser resolvidas em um curto tempo? Nisso, a força de vontade acaba diminuindo e chega praticamente ao nível zero no final do dia. Como resolver?

Evite decidir o que não é tão relevante. Delegue para sua equipe;

O que não é possível delegar, decida na hora certa: pela manhã.

11. Neurobusiness digital

A tecnologia trouxe ferramentas que podem auxiliar em todos os hacks acima. Para isso, basta pesquisar e utilizar as que farão diferença. Desde assistentes digitais até aplicativos para lembretes. Não se limite apenas ao cérebro!

Neurobusiness é simples. Mudar a rotina é que se torna trabalhoso. Começar aos poucos e entender como cada passo irá trazer resultados é um diferencial para o sucesso. Neurobusiness não é somente sobre negócios, mas sobre pessoas. Não apenas o consumidor, mas também você.

Confira como foi a palestra de Martha Gabriel no RD Summit 2016: 4 dimensões para ser sustentável, segundo Martha Gabriel

Foto: Lisiane Moraes/Dialetto

Autora original do artigo: Janine Costa


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Dialetto

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