09/12/2016

8 regras de UX que valem para o inbound marketing

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Hoje tudo que fazemos e produzimos precisa de alguma forma estar alinhado com as necessidades ou expectativas do mercado e das pessoas. Isso porque já que não há mais espaço para soluções com pouca utilidade ou que gerem péssimas experiências nesse vasto universo de possibilidades e concorrência livre.

Para o desenvolvimento de produto esta é uma realidade bastante clara e inevitável já que os usuários não precisam mais ficar presos em soluções ruins considerando que produtos inovadores surgem todos os dias para superar os serviços oferecidos em qualquer que seja a área de atuação.

No inbound marketing, oferecer conteúdos inadequados ou indesejáveis também sofre um “mal” similar ao dos produtos. Afinal, de que adianta todo um esforço para gerar um conteúdo que não responde a uma dor ou a uma dúvida do cliente? Produzir inúmeros caracteres que apenas representam números ou informações para algoritmos e robôs lerem? Ou ainda entregar um material que enrola e conduz a pessoa a uma perda de tempo onde ao fim do texto ela percebe que nada daquilo condizia com a sua expectativa inicial. Nesses casos o efeito do marketing é reverso e você pode estar comprometendo gravemente o envolvimento emocional e engajamento desses clientes potenciais ou atuais que chegaram até você.

Os princípios do user experience trazem conceitos que servem para diversas outras áreas envolvendo o contato com serem humanos, por tanto, no inbound marketing isso não seria diferente. A seguir algumas dicas práticas vindas do mundo do UX design que se encaixam totalmente com o contexto inbound.

1. Conheça seu usuário (ou comprador / cliente nesse caso)

Produzir materiais na linguagem do público alvo é algo básico, assim como fazer um produto ou solução centrada no ponto de vista daquela pessoa. Essa é uma das premissas básicas de trabalhar com UX, que você deve entender claramente tudo o que puder sobre o “modelo mental” dessas pessoas que estarão interagindo com seu produto, serviço ou conteúdo e tornar o seu “objeto” (seja ele qual for) o mais próximo possível desse entendimento do público alvo.

2. Conheça a jornada de seu cliente

Saber por onde seu cliente passou antes de chegar até você pode entregar muita informação rica do que ele tem em mente e como se sente naquele momento. No contexto de UX para produtos digitais, sejam eles aplicativos, sistemas ou sites, mapeia-se a “jornada do usuário” para saber como, onde e quando aquele indivíduo está quando ele entra em contato com o produto. Entendendo essa jornada você consegue explorar ainda mais o processo de empatia refletindo sobre questões relacionadas a experiência emocional, objetivos e destacando as oportunidades dentro de todo esse fluxo de pontos de contato entre o cliente e a marca ou contexto no qual a experiência acontecerá.

3.Mantenha as coisas simples e diretas, seja objetivo

No design temos a regra do K.I.S.S (keep it simple stupid!). Ela fala exatamente sobre o quão simples você deveria deixar os processos, interfaces e produtos em geral. As pessoas quase sempre trabalham em cima da lei do menor esforço, se você puder entregar valor para elas sem que precisem “sofrer” ou gastar muito de suas mentes para entender ou interagir com algo, melhor será.

Entregando mensagens ou conteúdos que vão direto ao ponto você está satisfazendo uma necessidade de conhecimento ou informação de forma quase que indolor. Quanto mais claro você for, maiores a chances de ser entendido e apreciado, o que refletirá diretamente nos níveis de engajamento e retorno tanto de uso no caso de produtos quanto de leitores para conteúdos digitais.

4.Deixe claro o caminho ou o que você espera que o leitor faça, crie gatilhos e instigue a exploração ou o percurso

Usabilidade, uma das premissas do UX significa “facilidade de uso”. Uma eficiente forma de simplificar o uso é reduzir a carga cognitiva conduzindo seu usuário pelo caminho desejável que o levará para seu objetivo, mesmo que nem ele tenha claro as vezes esse percurso ou meta. As pessoas são movidas por algum tipo de interesse ou motivação, se você conhece a fundo essa matéria prima da interação você está apto para auxiliar e facilitar a chegada do cliente ao seu objetivo final.

Criar os “gatilhos” nada mais é do que antecipar o que as pessoas querem e dar dicas e atalhos reforçando formas de fazê-la chegar lá.

5.Seja consistente

Consistência é um critério que gera confiança e ajuda um produto a passar segurança para seus usuários que ao explorarem algo desconhecido conseguem rapidamente se localizar por contarem com estes “pontos fixos” já aprendidos. Trazendo essa ideia para o universo do inbound, a consistência pode ser explorada na facilitação de uma leitura lógica. Tópicos bem organizados e hierarquias de textos e títulos podem rapidamente demarcar uma mensagem ou agrupamentos, mas se você não usa de forma consistente ao longo de todas as suas aplicações pode gerar confusão e dúvida no momento em que o leitor espera um certo “padrão” e não consegue usufruir desse funcionamento aprendido anteriormente.

6.Trabalhe na “usabilidade” do texto, facilite o scaneamento e leitura rápida

Como comentado no tópico anterior, existem N formas de melhorar a “usabilidade” de um texto. Sabendo que as pessoas só farão esforço para aquilo que for relevante para seu contexto é possível facilitar esse scaneamento com a diagramação e quebras adequadas ao longo de um texto, tanto quanto na leitura de interfaces. Crie marcações visíveis para otimizar a leitura dinâmica e influenciar na “encontrabilidade” dos trechos mais úteis e importantes para estes leitores.

7.Não seja redundante

Excesso de informação gera sobrecarga mental tanto em textos escritos quando telas. Se esse conteúdo for repetitivo torna ainda pior a experiência pois além de ter que lidar com uma série de conteúdo que demanda um filtro para identificar partes importantes a pessoa ainda perde seu tempo analisando e descartando conteúdo inútil.

8.Destaque algum ponto chave, tenha uma moral da história

Todos solução atende a algum(s) problemas chaves e é um grave crime você não permitir que seu usuário chegue rapidamente a esse recurso chave que representa sua maior demanda e consequente expectativa. No conteúdo a regra é a mesma, se o seu título trouxe um valor chave na chamada seu leitor precisa sair com a “missão cumprida” de ter absorvido aquela informação. Facilite com que isso aconteça. Introduza e faça conclusões (atalhos ou destaques) que tornem resumam aquele “valor prometido”.

Moral da história, quando falamos de user experience design estamos falando de atender necessidade das pessoas (e também em ajudar negócios a dar certo). Para fazer isso de forma eficiente precisamos entender quem são e o que querem essas pessoas. No contexto do UX para produtos esses conhecimentos serão convertidos em telas, botões e elementos gráficos que induzem ou ajudar o usuário a chegar ao seu objetivo.

No inbound os elementos são textuais mas seguem a mesma lógica e portanto você pode encontrar uma série de regras que valem também para a forma como você entrega seu conteúdo.

Para mais dicas de UX e para quem sabe criar novas conexões na hora de produzir suas estratégias de inbound marketing, confere também o blog da Catarinas 🙂

Autora original: Priscilla Albuquerque


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